Uma advogada de São Paulo foi indiciada pelo crime de denunciação caluniosa, por fazer falsas acusações ao denunciar seu ex-companheiro por agressão física e invasão de domicílio. A advogada, na ocasião, apresentou falsas evidências de supostas lesões corporais e alegou ter sido vítima de ameaça e violência. 

Nos autos do inquérito policial foi comprovado que além de não ter ocorridas as lesões, o fato se tratava de uma denunciação caluniosa. 

Áudios gravados revelaram que a advogada alterou a verdade dos fatos, em conluio com parentes que prestaram depoimento junto à polícia civil.

A descoberta das falsas acusações resultou em inquérito policial contra a advogada e os depoentes envolvidos.

Em um dos áudios, foi verificado que a advogada forjou lesões pelo corpo para incriminar o ex-companheiro, e, ainda, reclamou para um parente da postura da delegada de Polícia: “Eu queria que constasse no depoimento que ele estava bêbado, mas a Delegada de Polícia disse que não constatou nenhum indício de que ele estava alcoolizado”.

O áudio continua com a advogada proferindo xingamentos sobre a conduta da delegada, reforçados pelo parente, sendo que tais fatos deverão ser objeto em processo criminal próprio. 

Além da advogada ser denunciada pelo crime de denunciação caluniosa, um outro parente de primeiro grau, que não se encontrava no local e horário dos fatos, também deverá ser denunciado, em razão de, em seu depoimento, acusar o ex-companheiro da advogada de invasão de domicílio no boletim de ocorrência. Na conversa gravada, a advogada confessa que seu pai foi quem abriu o portão da residência para que o seu ex-companheiro entrasse para visitar o filho. 

Ressalta-se a importância da investigação minuciosa em casos dessa natureza, destacando que a falsa acusação não apenas prejudica injustamente o acusado, mas também compromete a credibilidade das vítimas reais e acarreta graves consequências aos acusados, incluindo rejeição social, traumas psicológicos e prejuízos morais e financeiros.